Reportagem publicada no dia 7 deste mês no Jornal Nacional da Rede Globo mostra a situação aflitiva que os habitantes de Irauçuba passam com os efeitos da seca que assola a região. A matéria mostra carros-pipas abastecendo postos do PSF e o Hospital Municipal.
A matéria é uma realidade nua e crua da situação de um território que não chove há aproxidamente 20 meses. Onde os açudes que abastecem as cidades estão praticamente secos e no campo os pequenos pecuaristas que não tem condições de transferir seus rebanhos. São obrigados a vê-los morrer de fome e sede.
Este Blog vem denunciando há tempos esta situação grave que passa nossos moradores. Na sede há exatos 10 dias não pinga uma gota d'água nas torneiras. Em bairros mais distantes do centro, há 4 meses não tem água.
O número de caminhões que vende água nas casas multiplica-se todo dia. Mas é preciso sorte para poder comprá-la. Além disso a água vendida não é tratada, com isto, o número de crianças que sofrem com diarreia e outras doenças advindas do consumo de água poluída aumenta exponencialmente.
Vamos esperar que com esta matéria publicada pela Rede Globo sirva de alerta para as autoridades federais e estaduais. Que se tomem providências em relação a este quadro dantesco. Como nordestino sei que a seca é um fenômeno natural que temos que aprender a conviver com ela. Mas que existe condições de amenizar seus efeitos.
Lembro-me bem dos anos 1980,81 e 82 do século passado, quando outra grande seca assolou o Nordeste. Naquela época além da falta de água a população padecia com à fome. Crianças morriam de desnutrição e de doenças advindas da fome. A mortalidade infantil chegava a quase 200 por mil crianças antes de completar um ano de vida. Eram índices de países africanos.
Atualmente não já não presenciamos cenas de agricultores invadido as cidades a procura de alimento nem tampouco o cortejo fúnebre de "anjinhos" sendo enterrados vítimas da desnutrição. Graças ao programa Fome Zero esta chaga acabou.
Mas é necessário que o governo estadual assuma compromisso em relação a água. A Cagece é uma empresa estadual, a empresa é concessionária de água. A COGERH monitora os recursos hídricos e era do conhecimento destas, que a sede de Irauçuba passaria por este problema.
A construção da adutora do açude Missí é uma necessidade imperiosa e emergencial, falta vontade política. As autoridades estaduais desprezam os habitantes das pequenas cidades interioranas. A prioridade é gastar em grandes obras na capital. Que pelo menos o Brasil veja esta vergonha que passa nosso povo, via Jornal Nacional. e que todos saibam que os políticos cearenses, especialmente as autoridades estaduais. Não zelam pelos seus administrandos.
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Irauçuba News